Dubai Telegraph - Revolta contra operação policial com 47 mortos em São Paulo

EUR -
AED 4.301343
AFN 77.611852
ALL 96.514738
AMD 446.868239
ANG 2.096972
AOA 1074.017289
ARS 1697.403887
AUD 1.766826
AWG 2.11114
AZN 1.995739
BAM 1.956099
BBD 2.35916
BDT 143.251875
BGN 1.956777
BHD 0.442668
BIF 3463.32887
BMD 1.171229
BND 1.514231
BOB 8.094236
BRL 6.490135
BSD 1.171279
BTN 104.951027
BWP 16.475516
BYN 3.442526
BYR 22956.085522
BZD 2.35576
CAD 1.615886
CDF 2996.593612
CHF 0.937635
CLF 0.027188
CLP 1066.568306
CNY 8.246564
CNH 8.23796
COP 4521.190411
CRC 584.989331
CUC 1.171229
CUP 31.037565
CVE 110.281841
CZK 24.338023
DJF 208.581852
DKK 7.472562
DOP 73.371204
DZD 152.341263
EGP 55.872532
ERN 17.568433
ETB 181.965387
FJD 2.67474
FKP 0.875628
GBP 0.880988
GEL 3.144796
GGP 0.875628
GHS 13.453054
GIP 0.875628
GMD 85.500123
GNF 10238.563486
GTQ 8.975371
GYD 245.057422
HKD 9.113976
HNL 30.857712
HRK 7.53616
HTG 153.573452
HUF 386.728509
IDR 19556.008162
ILS 3.75619
IMP 0.875628
INR 104.915577
IQD 1534.434317
IRR 49308.735131
ISK 147.141933
JEP 0.875628
JMD 187.41862
JOD 0.830448
JPY 184.757257
KES 150.983056
KGS 102.424413
KHR 4700.717826
KMF 491.916529
KPW 1054.119659
KRW 1728.453141
KWD 0.359837
KYD 0.976149
KZT 606.152563
LAK 25368.873969
LBP 104891.417505
LKR 362.65538
LRD 207.321659
LSL 19.649501
LTL 3.458335
LVL 0.708465
LYD 6.34897
MAD 10.73654
MDL 19.830028
MGA 5326.813434
MKD 61.5594
MMK 2459.639723
MNT 4161.636701
MOP 9.388034
MRU 46.876158
MUR 54.052655
MVR 18.095929
MWK 2031.110162
MXN 21.121987
MYR 4.775145
MZN 74.845892
NAD 19.649501
NGN 1710.181964
NIO 43.106583
NOK 11.874743
NPR 167.921643
NZD 1.99613
OMR 0.451419
PAB 1.171279
PEN 3.944502
PGK 4.982761
PHP 68.60009
PKR 328.173614
PLN 4.207347
PYG 7858.199991
QAR 4.270252
RON 5.07775
RSD 117.397927
RUB 94.264395
RWF 1705.460433
SAR 4.392871
SBD 9.541707
SCR 17.757712
SDG 704.49846
SEK 10.855305
SGD 1.514755
SHP 0.878725
SLE 28.168488
SLL 24560.087729
SOS 668.202038
SRD 45.023799
STD 24242.072559
STN 24.503742
SVC 10.248565
SYP 12952.131237
SZL 19.647
THB 36.805911
TJS 10.793648
TMT 4.099301
TND 3.428524
TOP 2.820038
TRY 50.065939
TTD 7.950214
TWD 36.91585
TZS 2922.446274
UAH 49.525863
UGX 4189.639781
USD 1.171229
UYU 45.987022
UZS 14081.15027
VES 330.473524
VND 30817.959199
VUV 141.64718
WST 3.265178
XAF 656.057184
XAG 0.017437
XAU 0.00027
XCD 3.165305
XCG 2.111022
XDR 0.815925
XOF 656.057184
XPF 119.331742
YER 279.225162
ZAR 19.652061
ZMK 10542.469351
ZMW 26.501047
ZWL 377.135213
Revolta contra operação policial com 47 mortos em São Paulo
Revolta contra operação policial com 47 mortos em São Paulo / foto: NELSON ALMEIDA - AFP/Arquivos

Revolta contra operação policial com 47 mortos em São Paulo

Leonel Andrade conversava com um amigo na rua de uma favela no litoral de São Paulo quando foi atingido por "disparos da polícia", conta ainda comovida Beatriz da Silva. Seu marido está entre os 47 mortos em uma operação qualificada como "massacre" por autoridades e ONGs.

Tamanho do texto:

Milhares de policiais foram mobilizados em 18 de dezembro na chamada "Operação Verão" contra o narcotráfico na Baixada Santista, no estado de São Paulo, estratégica para o crime organizado porque abriga o porto de Santos, o mais importante da América Latina.

Até agora, "47 pessoas morreram em confronto com a polícia", e outros 921 "criminosos" foram presos, informou a Secretaria de Segurança paulista.

Organizações civis pediram em 8 de março ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o fim da operação, ao denunciar violações, como "execuções sumárias" e "torturas".

Um informe da Defensoria Pública de São Paulo e ONGs denunciou o "maior massacre" no estado mais populoso do Brasil desde a matança no complexo do Carandiru em 1992, quando mais de cem presos morreram.

"Falaram que houve troca de tiros, mas não teve troca de tiros. É mentira", explica Beatriz da Silva, sobre a morte em fevereiro de seu marido, aos 36 anos, pai de seus três filhos.

Seu esposo, que usava muletas, havia cumprido pena por tráfico de drogas. Mas afirma que não tinha mais vínculos com a atividade.

Ela o encontrou agonizando. "Os policiais não deixaram socorrer. E não tentaram fazer nada", conta.

- "Estamos muito tranquilos" -

"Nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí", disse em defesa da operação o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Freitas, que já foi mencionado mais de uma vez como futuro presidenciável, acirrou o combate contra o crime organizado no litoral paulista, principalmente após o assassinato de um agente de elite em meados de 2023.

Ele disse à imprensa que comerciantes e moradores da Baixada Santista o agradeceram por "restabelecer a ordem".

As incursões continuarão "por tempo indeterminado", disse a Secretaria de Segurança de São Paulo.

- "Olho por olho"

Cláudio da Silva, ouvidor da polícia paulista, afirma que a polícia tem "uma atuação olho por olho dente por dente" e exige investigações independentes e que os responsáveis sejam punidos.

O diretor da Human Rights Watch no Brasil, César Muñoz, lamenta que Freitas tenha dado à polícia "carta branca para fazer o que quiser" nos bairros pobres da Baixada Santista.

A organização recebeu denúncias de que cenas de crimes não receberam peritos e que vítimas já mortas foram enviadas a hospitais.

O Ministério Público de São Paulo iniciou uma investigação após socorristas confirmarem que levaram mortos para centros médicos.

- Morrer por "viver na favela" -

Os moradores que são testemunhas de mortes e todo esse terror têm medo de depor, o que dificulta as investigações, detalha Muñoz.

Mãe Andreia, pseudônimo da responsável pelo Movimento Mães do Cárcere, que acolhe também familiares de vítimas da violência policial, afirma que a força atua como "um grupo de extermínio" na comunidade.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos se pronunciou esta semana contra outra letal atuação em São Paulo: condenou o Brasil pela execução extrajudicial de 12 pessoas durante a "Operação Castelinho" em 2002.

H.Hajar--DT