Dubai Telegraph - Premiê da Dinamarca pede perdão às vítimas de contracepção forçada na Groenlândia

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Premiê da Dinamarca pede perdão às vítimas de contracepção forçada na Groenlândia
Premiê da Dinamarca pede perdão às vítimas de contracepção forçada na Groenlândia / foto: Mads Claus Rasmussen - Ritzau Scanpix/AFP

Premiê da Dinamarca pede perdão às vítimas de contracepção forçada na Groenlândia

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, visita a Groenlândia nesta quarta-feira (24) para pedir desculpas em nome do Estado às vítimas de uma campanha de contracepção forçada no território autônomo dinamarquês que durou décadas.

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"É um momento importante sobre uma página sombria de nossa história comum", escreveu a chefe de Governo em suas redes sociais depois de desembarcar em Nuuk, a capital da ilha ártica.

Do final da década de 1960 até 1992, as autoridades dinamarquesas inseriram um dispositivo intrauterino (DIU) sem o consentimento das pacientes em quase 4.500 mulheres inuítes da Groenlândia, quase metade delas em idade fértil.

O objetivo era reduzir a taxa de natalidade da população originária da Groenlândia.

"Será um momento muito importante para estas mulheres, obviamente, mas também para a sociedade em seu conjunto", declarou à AFP Aaja Chemnitz, deputada que representa a Groenlândia no Parlamento dinamarquês.

"É um segundo passo no processo de reconciliação, depois de anunciar em um primeiro momento o pedido de desculpas" no final de agosto, acrescentou.

A cerimônia em Nuuk começará às 15h00 GMT (12h00 de Brasília).

Muitas mulheres ficaram estéreis e quase todas sofreram problemas físicos ou psicológicos.

O escândalo é um dos casos sensíveis que prejudicam as relações da Dinamarca com a Groenlândia, que também incluem adoções forçadas e a retirada de crianças inuítes de suas famílias.

A Dinamarca tenta reduzir as tensões com este território do Ártico, que possui uma localização estratégica e é rico em recursos naturais, desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que deseja tomar o controle da gigantesca ilha.

No final de agosto, a primeira-ministra dinamarquesa apresentou um pedido de desculpas amplamente aguardado às vítimas da campanha de contracepção forçada, em um comunicado.

Frederiksen anunciou na segunda-feira a criação de um "fundo de reconciliação" para indenizar as vítimas, assim como outros groenlandeses que sofreram discriminação por sua origem inuíte.

O advogado Mads Pramming, que representa quase 150 vítimas que processaram o Estado dinamarquês por violação de seus direitos e pedem uma compensação econômica, classificou a medida como algo positivo.

"É uma notícia muito boa porque meus clientes não estão satisfeitos apenas com um pedido de desculpas", destacou.

— "Pressão externa" —

A deputada Chemnitz afirmou que o pedido de desculpas foi um resultado direto das declarações firmes de Trump sobre a ideia de adquirir a Groenlândia.

"É a pressão externa, em particular dos Estados Unidos, que está obrigando a Dinamarca a redobrar seus esforços", disse. "Sou deputada há 10 anos e nunca havia visto tantos esforços", acrescentou.

Frederiksen rompeu com a tradição de seus antecessores, que insistiam que a Dinamarca não tinha motivos para pedir desculpas.

"No passado, os primeiros-ministros dinamarqueses sempre se mostraram extremamente relutantes em reconhecer as injustiças cometidas na Groenlândia. Argumentavam que não havia nada pelo que pedir desculpas", explica a historiadora Astrid Andersen, pesquisadora do Instituto Dinamarquês de Estudos Internacionais.

O escândalo veio à tona quando uma das vítimas falou à imprensa, há vários anos, sobre o trauma que havia sofrido.

Uma série de podcast em 2022 revelou então o alcance total da campanha de contracepção forçada.

Os governos da Dinamarca e da Groenlândia concordaram em iniciar uma investigação independente.

"Neste momento, é importante para muitos groenlandeses viver o luto em comunidade e receber um reconhecimento pleno desta horrível situação", afirmou Andersen.

Uma investigação separada sobre as implicações legais da campanha de contracepção forçada ainda não foi concluída.

O relatório, que busca determinar se a campanha dinamarquesa constituiu um "genocídio", será publicado no início de 2026.

F.El-Yamahy--DT