Dubai Telegraph - Washington evita se submeter a avaliação de direitos humanos da ONU

EUR -
AED 4.277061
AFN 76.950546
ALL 96.512644
AMD 444.304954
ANG 2.084732
AOA 1067.955685
ARS 1678.804789
AUD 1.753535
AWG 2.09777
AZN 1.982129
BAM 1.955052
BBD 2.344802
BDT 142.412867
BGN 1.955104
BHD 0.439041
BIF 3439.783382
BMD 1.164619
BND 1.508116
BOB 8.044886
BRL 6.22477
BSD 1.164154
BTN 104.671486
BWP 15.467013
BYN 3.347019
BYR 22826.536869
BZD 2.341394
CAD 1.616631
CDF 2597.100737
CHF 0.936267
CLF 0.027301
CLP 1070.960313
CNY 8.23578
CNH 8.234458
COP 4432.074934
CRC 568.68233
CUC 1.164619
CUP 30.86241
CVE 110.205311
CZK 24.214239
DJF 207.30976
DKK 7.468476
DOP 74.51148
DZD 151.354966
EGP 55.402913
ERN 17.469288
ETB 180.576207
FJD 2.634353
FKP 0.872138
GBP 0.87294
GEL 3.121621
GGP 0.872138
GHS 13.242874
GIP 0.872138
GMD 85.017455
GNF 10114.521851
GTQ 8.917587
GYD 243.565727
HKD 9.067021
HNL 30.662264
HRK 7.530546
HTG 152.401666
HUF 381.989861
IDR 19432.836438
ILS 3.753574
IMP 0.872138
INR 104.748008
IQD 1525.116243
IRR 49059.585596
ISK 148.780327
JEP 0.872138
JMD 186.338677
JOD 0.825743
JPY 180.89856
KES 150.585942
KGS 101.845792
KHR 4661.19586
KMF 491.468929
KPW 1048.149375
KRW 1714.796633
KWD 0.357445
KYD 0.970224
KZT 588.75212
LAK 25245.228701
LBP 104252.948348
LKR 359.092553
LRD 204.901571
LSL 19.730748
LTL 3.438817
LVL 0.704466
LYD 6.328578
MAD 10.750877
MDL 19.808333
MGA 5192.990026
MKD 61.616416
MMK 2445.630016
MNT 4130.324554
MOP 9.335627
MRU 46.42523
MUR 53.654236
MVR 17.946357
MWK 2018.718644
MXN 21.180086
MYR 4.787708
MZN 74.415885
NAD 19.730748
NGN 1689.431805
NIO 42.843601
NOK 11.755591
NPR 167.474897
NZD 2.015379
OMR 0.447788
PAB 1.164249
PEN 3.913302
PGK 4.939325
PHP 68.683372
PKR 326.381174
PLN 4.23112
PYG 8006.935249
QAR 4.243476
RON 5.093347
RSD 117.408742
RUB 89.995986
RWF 1693.844389
SAR 4.371082
SBD 9.577623
SCR 15.736221
SDG 700.522602
SEK 10.954705
SGD 1.5087
SHP 0.873766
SLE 26.786325
SLL 24421.480735
SOS 664.14294
SRD 44.988081
STD 24105.266663
STN 24.490626
SVC 10.185483
SYP 12878.643782
SZL 19.715454
THB 37.105348
TJS 10.681466
TMT 4.076167
TND 3.415093
TOP 2.804124
TRY 49.506337
TTD 7.891979
TWD 36.420086
TZS 2835.847776
UAH 48.866733
UGX 4118.423624
USD 1.164619
UYU 45.532572
UZS 13927.669017
VES 289.50792
VND 30699.36285
VUV 142.165196
WST 3.249463
XAF 655.703207
XAG 0.019942
XAU 0.000275
XCD 3.147441
XCG 2.098188
XDR 0.815257
XOF 655.601918
XPF 119.331742
YER 277.642899
ZAR 19.727131
ZMK 10482.964936
ZMW 26.915582
ZWL 375.006916
Washington evita se submeter a avaliação de direitos humanos da ONU
Washington evita se submeter a avaliação de direitos humanos da ONU / foto: Fabrice COFFRINI - AFP

Washington evita se submeter a avaliação de direitos humanos da ONU

Os Estados Unidos não compareceram, nesta sexta-feira (7), à avaliação de suas atuações na área dos direitos humanos perante a ONU, o que gerou duras críticas de autoridades americanos e defensores civis.

Tamanho do texto:

Os representantes de Washington não se apresentaram à Revisão Periódica Universal (RPU). Assim, os Estados Unidos se tornaram o segundo país a boicotar esta avaliação desde a implementação do sistema, em 2008.

"Devíamos nos reunir esta tarde para proceder à avaliação dos Estados Unidos, no entanto, observo que a delegação dos Estados Unidos não está presente na sala", declarou o presidente do Conselho de Direitos Humanos, Jürg Lauber, no início da sessão.

A missão de Washington em Genebra havia confirmado esta semana que os Estados Unidos se ausentariam desta reunião, prevista para esta sexta-feira desde agosto.

Israel era até agora o único país que não se apresentou à sua própria avaliação, em 2013, depois que o Conselho de Direitos Humanos implementou o sistema de RPU em 2008.

"É profundamente decepcionante", reagiu Uzra Zeya, diretora da Human Rights First, lamentando o que chamou de "um mau sinal". Ela considerou que a decisão "fragiliza um processo que contribuiu para os avanços alcançados na área dos direitos humanos em todo o mundo, incluídos os Estados Unidos".

Zeya deve presidir, nesta sexta-feira, um dos diversos eventos organizados na ONU em Genebra por ativistas e legisladores americanos que viajaram para expressar suas preocupações sobre a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos, especialmente desde o retorno ao poder do presidente Donald Trump, em janeiro.

A decisão de Washington segue o decreto de Trump, em fevereiro, que determinou a saída do país de vários órgãos da ONU, inclusive do Conselho de Direitos Humanos (CDH).

Embora Trump também tenha retirado o país do Conselho em seu primeiro mandato, sua administração participou da avaliação em 2020. Em agosto, os Estados Unidos argumentaram que não se apresentariam ao exame porque se opõem "à politização dos direitos humanos dentro do sistema das Nações Unidas".

"A retirada dos Estados Unidos compromete seriamente a universalidade, não apenas do processo, mas também do princípio segundo o qual o direito internacional dos direitos humanos é inalienável e se aplica a todos de maneira igualitária", advertiu à imprensa Phil Lynch, diretor do Serviço Internacional para os Direitos Humanos.

- "Trágico" -

"É trágico e profundamente irônico que tenhamos contribuído para a elaboração das normas e deste processo do qual hoje nos retiramos", declarou à AFP um ex-funcionário do governo americano sob a condição de anonimato.

A ausência também provocou indignação na sociedade civil, que normalmente participa das avaliações, fornecendo análises e recomendações.

Privados da tribuna da RPU, diversos grupos, acadêmicos e autoridades americanas expressaram suas preocupações sobre uma série de decisões e medidas alarmantes nos Estados Unidos.

Em particular, denunciaram a repressão dos protestos, a militarização dos controles de imigração, o envio da Guarda Nacional a cidades americanas, as repressões contra universidades e instituições artísticas e os ataques mortais contra barcos suspeitos de transportar drogas no Caribe e no Pacífico.

Muitos têm instado a comunidade internacional a se manifestar e apoiar os esforços para avaliar as ações do governo dos Estados Unidos.

Robert Saleem Holbrook, diretor do Centro de Direito Abolicionista, indicou que "diante da erosão de nossas liberdades civis, essas instâncias vão adquirir uma importância crescente no futuro".

Alguns temem, além disso, que a ausência dos Estados Unidos possa constituir um precedente infeliz. "Esperamos que isso não banalize a retirada do Conselho", declarou à AFP Sanjay Sethi, codiretor da Iniciativa de Liberdade Artística.

G.Rehman--DT