Dubai Telegraph - Cerca de 60 agentes são retidos em prisões em meio a crise carcerária no Equador

EUR -
AED 4.284503
AFN 77.077368
ALL 96.672535
AMD 444.268837
ANG 2.088356
AOA 1069.812202
ARS 1666.951235
AUD 1.755223
AWG 2.099959
AZN 1.977594
BAM 1.958282
BBD 2.348677
BDT 142.67084
BGN 1.958842
BHD 0.439657
BIF 3445.467236
BMD 1.166644
BND 1.510615
BOB 8.058214
BRL 6.356688
BSD 1.166078
BTN 104.846244
BWP 15.492637
BYN 3.352535
BYR 22866.217636
BZD 2.345263
CAD 1.611893
CDF 2603.949043
CHF 0.936867
CLF 0.027523
CLP 1079.732385
CNY 8.248289
CNH 8.244613
COP 4474.067141
CRC 569.622013
CUC 1.166644
CUP 30.91606
CVE 110.405889
CZK 24.214831
DJF 207.653207
DKK 7.468667
DOP 74.634602
DZD 151.273095
EGP 55.344765
ERN 17.499656
ETB 180.875365
FJD 2.63714
FKP 0.874627
GBP 0.874563
GEL 3.144117
GGP 0.874627
GHS 13.264757
GIP 0.874627
GMD 85.164683
GNF 10132.80021
GTQ 8.932437
GYD 243.968192
HKD 9.076121
HNL 30.71293
HRK 7.536985
HTG 152.653493
HUF 381.862915
IDR 19474.784235
ILS 3.771351
IMP 0.874627
INR 105.17941
IQD 1527.629771
IRR 49130.280577
ISK 149.003932
JEP 0.874627
JMD 186.64658
JOD 0.827088
JPY 181.000109
KES 150.848748
KGS 102.023311
KHR 4668.917998
KMF 492.323307
KPW 1049.978797
KRW 1710.652425
KWD 0.358124
KYD 0.971828
KZT 589.724967
LAK 25286.943606
LBP 104425.214634
LKR 359.684369
LRD 205.24279
LSL 19.763266
LTL 3.444796
LVL 0.705691
LYD 6.339035
MAD 10.770352
MDL 19.841064
MGA 5201.59318
MKD 61.718495
MMK 2449.482257
MNT 4138.521318
MOP 9.351013
MRU 46.501943
MUR 53.782159
MVR 17.948159
MWK 2022.063027
MXN 21.188759
MYR 4.794321
MZN 74.559923
NAD 19.763266
NGN 1691.446479
NIO 42.914211
NOK 11.778815
NPR 167.75163
NZD 2.015712
OMR 0.447547
PAB 1.166178
PEN 3.919768
PGK 4.948251
PHP 68.736353
PKR 326.920482
PLN 4.229381
PYG 8020.165807
QAR 4.250542
RON 5.09217
RSD 117.549501
RUB 89.447988
RWF 1696.650557
SAR 4.378528
SBD 9.602169
SCR 15.76892
SDG 701.729618
SEK 10.946788
SGD 1.510938
SHP 0.875285
SLE 27.662086
SLL 24463.93409
SOS 665.243216
SRD 45.066272
STD 24147.170324
STN 24.530989
SVC 10.20389
SYP 12899.390409
SZL 19.748031
THB 37.140688
TJS 10.699299
TMT 4.09492
TND 3.42078
TOP 2.808998
TRY 49.655234
TTD 7.9058
TWD 36.31996
TZS 2852.443816
UAH 48.955252
UGX 4125.211153
USD 1.166644
UYU 45.608396
UZS 13950.742787
VES 296.971426
VND 30758.562652
VUV 141.585177
WST 3.253316
XAF 656.789501
XAG 0.020047
XAU 0.000277
XCD 3.152913
XCG 2.101655
XDR 0.816835
XOF 656.789501
XPF 119.331742
YER 278.303287
ZAR 19.749998
ZMK 10501.191496
ZMW 26.960173
ZWL 375.658814
Cerca de 60 agentes são retidos em prisões em meio a crise carcerária no Equador
Cerca de 60 agentes são retidos em prisões em meio a crise carcerária no Equador / foto: Fernando MACHADO - AFP

Cerca de 60 agentes são retidos em prisões em meio a crise carcerária no Equador

Cerca de 60 guardas e policiais permanecem retidos nesta sexta-feira (1º) em presídios no Equador, campo de batalha de facções rivais de narcotraficantes que protagonizam massacres e operam de dentro das prisões, enquanto o Estado se esforça para retomar o controle da situação.

Tamanho do texto:

O poder do narcotráfico impõe-se dentro e fora das cadeias. Na quinta-feira. Segundo informações divulgadas na quinta-feira, detentos de seis presídios sequestraram 50 guardas e sete policiais. Na véspera, dois carros-bomba explodiram em Quito em um ataque contra a entidade estatal responsável pelas prisões.

De acordo com o governo, os dois crimes foram cometidos em represália às seguidas transferências de presos e a operações em busca de armas e drogas.

"As medidas que tomamos, em especial no sistema penitenciário, gerou reações violentas das organizações criminosas que pretendem amedrontar o Estado", assegurou o presidente Guillermo Lasso na rede X, antigo Twitter.

Situado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador havia conseguido driblar a violência das facções criminosas, mas, nos últimos anos, grupos aliados a cartéis mexicanos e colombianos impõem o terror. Desde 2018, a taxa nacional de homicídios quadruplicou.

As autoridades mantêm segredo sobre o que está ocorrendo nas prisões: não se sabe em quais delas há guardas sequestrados, desde quando e se essa foi ou não uma ação coordenada.

Confira abaixo alguns pontos para entender o que está acontecendo.

- Magnicídio -

A um mês do segundo turno que escolherá o futuro presidente do Equador, a violência recrudesce. A campanha presidencial foi marcada pelo assassinato a tiros de um dos candidatos favoritos, o jornalista Fernando Villavicencio, em 9 de agosto, em Quito.

As autoridades tentam freá-la exercendo pressão nas prisões: transferências de presos a penitenciárias de segurança máxima, separação de grupos rivais para evitar brigas, inspeção de celas e divisão das facções criminosas.

Os seis presos pelo magnicídio foram transferidos de presídio na última quarta-feira. Segundo o governo, isso pode ter sido um dos detonadores dos atentados com carros-bomba e dos ataques com granadas que se seguiram à explosão.

"Mas estamos firmes e não vamos retroceder no objetivo de capturar criminosos perigosos, desarticular facções criminosas e pacificar as prisões do país", assegurou Lasso.

Vários agentes penitenciários estão retidos no presídio da cidade andina de Cuenca (sul). Militares e policiais cercam a prisão, enquanto no telhado três presos pedem aos gritos que os militares recuem se quiserem a libertação dos reféns, constatou um jornalista da AFP nesta sexta-feira.

Um deles, vestindo um pijama branco com desenhos infantis, fala por um walkie-talkie.

Segundo o ex-chefe de inteligência do Exército Mario Pazmiño, "as prisões são quartéis-generais das organizações (criminosas), santuários" e "quem as controla não é a administração pública", nem o governo.

- Militarização das prisões -

Os repetidos massacres carcerários levaram Lasso a decretar em 24 de julho estado de exceção em todo o sistema penitenciário por 60 dias, a fim de enviar militares às prisões. Mas a presença de soldados esticou ainda mais a corda, concordam especialistas.

Horas antes dos atentados com carro-bomba, centenas de militares realizaram uma operação de busca de armas, munições e explosivos em um presídio na cidade andina de Latacunga (sul), uma das principais do país e cenário de confrontos mortais entre os reclusos.

Uma segunda hipótese do governo é que essa intervenção enfureceu as facções.

A crise carcerária está no centro da campanha presidencial para o segundo turno, que será disputado em 15 de outubro entre a esquerdista Luisa González e o direitista Daniel Noboa.

Filho de um milionário, Noboa propõe criar um sistema de navios-prisões em alto-mar para isolar os presos e desligá-los de suas facções criminosas.

- Massacres de presos -

Transformadas em centros de operações do narcotráfico, as prisões equatorianas têm sido cenário de massacres que já deixaram mais de 430 detentos mortos desde 2021, dezenas deles esquartejados e carbonizados.

Um comitê de pacificação criado por Lasso classificou as prisões de "armazéns de seres humanos e centros de tortura".

No Equador, há 36 prisões para 32.200 reclusos e a população carcerária está em torno de 31.300 presos. A metade cumpre pena por tráfico de drogas, estopim da violência.

Em 2021, o número de presos subiu para 39.000, mas os massacres levaram o governo a conceder indultos e benefícios para descongestionar os presídios.

Atualmente, mais da metade dos presos compartilham as celas com até cinco pessoas e há celas com mais de 15 detentos.

Y.I.Hashem--DT